sexta-feira, 13 de abril de 2012

pronomes


PRONOME
Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.

Pronome substantivo X pronome adjetivo

Esta classificação pode ser atribuída a qualquer tipo de pronome, podendo variar em função do contexto frasal.
pronome substantivo - substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro) pronome adjetivo - acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é belo)

Observação

Os pronomes pessoais são sempre substantivos

Pessoas do discurso

1a pessoa - aquele que fala, emissor 2a pessoa - aquele com quem se fala, receptor 3a pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente
Tipos de pronomes:
  • pessoal
  • possessivo
  • demonstrativo
  • relativo
  • indefinido
  • interrogativo

Pessoal

Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem também representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa.
Ex.: A moça era a melhor secretária, ela mesma agendava os compromissos do chefe.
Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

Observação

Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos de preposição. Em comigo, contigo, conosco e convosco, a preposição com já é parte integrante do pronome.
Os pronomes de tratamento estão enquadrados nos pronomes pessoais. São empregados como referência à pessoa com quem se fala (2a pessoa), entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa

Observação

também são considerados pronomes de tratamento as formas você, vocês (provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita.

Emprego

as formas oblíquas o, a, os, as completam verbos que não vêm regidos de preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposições a ou para (não expressas)
em pouco uso, porém vigente, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão de dois objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém mo disse = ninguém o disse a mim)
o, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s ou z e viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo nasal
o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as chorando)
você hoje é usado no lugar das 2as pessoas (tu/vós), levando o verbo para a 3ª pessoa
as formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo S.
quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos
eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ? para mim fazer)
pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e podem funcionar como objeto direto (Estava só ele no banco / Encontramos todos eles)
me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e recíproco
 si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa
conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou or. adjetiva)
os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor Jesus)
não se pode contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ? Vi as bolsas dele bem aqui)
os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe os olhos)
alguns pronomes átonos são partes integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se, condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se etc.
pode-se usar alguns pronomes oblíquos como expressão expletiva (Não me venha com essa)

Observação

as regras de colocação dos pronomes pessoais do caso oblíquos átonos serão vistas em separado

Possessivo

Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo. Concordam em gênero e número com a coisa possuída.

Emprego

normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da frase
seu (a/s) pode causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?)
pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos), posse figurada ("Minha terra tem palmeiras"), valor de indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!)
nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.

Demonstrativo

Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são invariáveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos.
Mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome demonstrativo.

Emprego

uso dêitico, indicando localização no espaço - este (aqui), esse (aí) e aquele (lá)
uso dêitico, indicando localização temporal - este (presente), esse (passado próximo) e aquele (passado remoto ou bastante vago)
uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito - este (novo enunciado) e esse (retoma informação)
o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence)
tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, quando anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema ainda não foi resolvido, tal demora atrapalhou as negociações / Não brigue por semelhante causa)
como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em apostos distributivos (O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta calma e aquele amedrontado)
pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com os pronomes demonstrativos (Não acreditei no que estava vendo / Fui àquela região de montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à de branco)
podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de enfeite)
nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, ela entrou triunfante - nisso = advérbio)

Relativo

Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma oração dependente, adjetiva.
São eles que, quem e onde - invariáveis; além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s).
São chamados relativos indefinidos quando são empregados sem antecedente expresso (Quem espera sempre alcança / Fez quanto pôde)

Emprego

o antecedente do relativo pode ser demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os que lêem ou não)
como relativo, quanto refere-se ao antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava)
quem será precedido de preposição se estiver relacionado a pessoas ou seres personificados expressos
quem = relativo indefinido quando é empregado sem antecedente claro, não vindo precedido de preposição
cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de posse e não concorda com o antecedente e sim com seu conseqüente. Ele tem sempre valor adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo.

Indefinido

Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade indeterminada. Em função da quantidade de pronomes indefinidos, merece atenção sua identificação.

Emprego

algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum resolverá o problema)
cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma)
alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos / Comprei várias balas de sabores vários)
bastante pode vir como adjetivo também, se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a ele por verbo de ligação (Isso é bastante para mim)
o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada contente hoje)
existem algumas locuções pronominais indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem for, cada um etc.
todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para ver a banda ? Toda a cidade parou para ver a banda)

Interrogativo

São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulação de uma pergunta direta ou indireta. Referem-se à 3a pessoa do discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe contou)

OBSERVAÇÃO

há interrogativos adverbiais (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi tudo?)
Adriana Cristina Mercuri Pinto Graduada em Letras Especialização em Lingüística Aplicada
PRONOME
Além do artigo, adjetivo e numeral há ainda outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo: é o pronome.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso.
As pessoas do discurso são três:
  • Primeira pessoa-a pessoa que fala
  • Segunda pessoa-a pessoa com quem se fala
  • Terceira pessoa-a pessoa de quem se fala

CLASSIFICAÇÃO DO PRONOME

Há seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos.

PRONOMES PESSOAIS

Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento.

PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS:

Pessoas do discurso
Pronomes Retos
Pronomes oblíquos
primeira pessoa do singular
segunda pessoa do singular
terceira pessoa do singular
eu
tu
ele/ela
me, mim, comigo
te, ti, contigo
se, si, o, a, lhe, consigo
primeira pessoa do plural
segunda pessoa do plural
terceira pessoa do plural
nós
vós
eles/elas
nos, conosco
vos, convosco
se, si, os, os, lhes, consigo

FORMAS PRONOMINAIS

Os pronomes o, a, os, as, adquirem as seguintes formas:
lo, la, los, las, quando associados a verbos terminados em r, s ou z.
Ex.: encontrá-lo, fê-las...
no, na, nos, nas, quando associados a verbos terminados em som nazal.
Ex.: encontraram-no, põe-as.

PRONOMES PESSOAIS DE TRATAMENTO

Os pronomes pessoais de tratamento representam a forma de se tratar as pessoas: trato cortês ou informal. Os mais usados são: Você, Senhor, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Magnificência...

PRONOMES POSSESSIVOS

Pronomes Possessivos são palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical(possuidor), acrescentam a ela a idéia de posse de algo(coisa possuída).

PRONOMES POSSESSIVOS

primeira pessoa do singular
segunda pessoa do singular
terceira pessoa do singular
meu, minha, meus, minhas
teu, tua, teus, tuas
seu, sua, seus, suas
primeira pessoa do plural
segunda pessoa do plural
terceira pessoa do plural
nosso, nossa, nossos, nossas
vosso, vossa, vossos, vossas
seu, sua, seus, suas
O pronome possessivo concorda em pessoa com o possuidor e em gênero e número com a coisa possuída.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Pronomes Demonstrativos são palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em relação às pessoas do discurso.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

VARIÁVEIS

INVARIÁVEIS

este, esta, estes, estas
esse, essa, esses, essas
aquele, aquela, aqueles, aquelas
isto
isso
aquilo

PRONOMES INDEFINIDOS

Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à Terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada.

PRONOMES INDEFINIDOS

Variáveis
Invariáveis
algum, nenhum, todo, muito
pouco, certo, outro, quanto
tanto, vários, diversos
um, qual, bastante
Algo, alguém
nada, ninguém
tudo, cada
outrem, quem mais
menos, demais

PRONOMES INTERROGATIVOS

Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso.
São eles: que, quem, qual, quanto...

PRONOMES RELATIVOS

São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mensionados anteriormente e com os quais se relacionam. Ex.:
A página que estou navegando é muito boa.

PRONOMES RELATIVOS

VARIÁVEIS

INVARIÁVEIS

o qual, cujo, quanto
que, quem, onde
Fonte: www.geocities.com
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Exemplos:
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! ...[substituição do nome]
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! ...[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos! ...[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possui significado fixo, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.
Exemplos:
Minha carteira estava vazia, quando eu fui assaltada. ...[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia, quando você foi assaltada? ...[tua/você: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia, quando ela foi assaltada. ...[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Exemplos:
[Fala-se de Roberta]
Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.
...[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]
...[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada]
...[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]

NOMES

São chamados de nomes o conjunto de palavras que constitui as classes abertas da língua portuguesa, mas que se opõe a verbo.
As classes abertas são aquelas em que são possíveis as alterações do falante ao longo da história da língua (neologismos) e as variações morfológicas (flexão de gênero e número). Por oposição, as classes fechadas são aquelas cuja forma se consagrou na língua e onde as mudanças são quase inexistentes.
São as classes abertas da língua portuguesa:
substantivo adjetivo verbo
São as classes fechadas:
artigo pronome numeral advérbio preposição conjunção interjeição
Os elementos considerados nomes, na língua portuguesa, são apenas o substantivo e o adjetivo, pois são responsáveis pelas denominações dos seres.
Os verbos, por sua vez, são elementos responsáveis pela expressão dos processos e dos estados. Dessa distinção derivam diversos termos da gramática do português: sintagma nominal x sintagma verbal, complemento nominal x complemento verbal, pronome (raiz: nome), advérbio (raiz: verbo).
Fonte: www.nilc.icmc.usp.br
PRONOME
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.

Pronomes pessoais do caso reto

Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.

Pronomes pessoais do caso oblíquo

São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida).
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.

Pronomes oblíquos átonos

Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

Pronomes oblíquos tônicos

Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.

USOS DOS PRONOMES PESSOAIS

Eu, tu / Mim, ti

Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos de preposição.
Exemplo:
Trouxeram aquela encomenda para mim.
Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições.
Agora, observe a oração Sei que não será fácil para mim conseguir o empréstimo. O pronome mim NÃO é sujeito do verbo conseguir, como à primeira vista possa parecer. Analisando mais detalhadamente, teremos o seguinte: O sujeito do verbo ser é a oração conseguir o empréstimo, pois que não será fácil? resposta: conseguir o empréstimo, portanto há uma oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, que é a oração que funciona como sujeito, tendo o verbo no infinitivo. O verbo ser é verbo de ligação, portanto fácil é predicativo do sujeito. O adjetivo fácil exige um complemento, pois conseguir o empréstimo não será fácil para quem? resposta: para mim, que funciona como complemento nominal. Ademais a ordem direta da oração é esta: Conseguir o empréstimo não será fácil para mim.

Si, consigo

Si e consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.
Exemplo:
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho. Gilberto trouxe consigo os três irmãos.

Com nós, com vós / Conosco, convosco

Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir qualquer palavra que indique quem "somos nós" ou quem "sois vós".
Exemplo:
Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas. Ele disse que sairia com nós dois.
Dele, do + subst. / De ele, de o + subst.
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como sujeito, não devem ser aglutinados com a preposição de.
Exemplo:
É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade. No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra.

Pronomes Oblíquos Átonos

Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes. Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações. São elas:

A - Objeto Direto

Os pronomes que funcionam como objeto direto são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Exemplo:
Quando encontrar seu material, traga-o até mim. Respeite-me, garoto. Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
Notas:
- Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes o, a, os, as se transformarão em no, na, nos, nas.
Exemplo:
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.
- Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as mudarão para lo, la, los, las.
Exemplo:
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. As apostilas, tu perde-las toda semana. (Pronuncia-se pérde-las) As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade.
- Independentemente da predicação verbal, se o verbo terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retira-se a terminação -s.
Exemplo:
Encontramo-nos ontem à noite. Recolhemo-nos cedo todos os dias.
- Se o verbo for transitivo indireto terminado em s, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação s.
Exemplo:
Obedecemos-lhe cegamente. Tu obedeces-lhe?

B - Objeto Indireto

Os pronomes que funcionam como objeto indireto são me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
Exemplo:
Traga-me as apostilas, quando as encontrar. Obedecemos-lhe cegamente.

C - Adjunto adnominal

Os pronomes que funcionam como adjunto adnominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando indicarem posse (algo de alguém).
Exemplo:
Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a herança. (a herança dele) Roubaram-me os documentos. (os documentos de alguém - meus)

D - Complemento nominal

Os pronomes que funcionam como complemento nominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos. (algo a alguém, não provindo a preposição a de um verbo).
Exemplo:
Tenha-me respeito. (respeito a alguém) É-me difícil suportar tanta dor. (difícil a alguém)

E - Sujeito acusativo

Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as, quando estiverem em um período composto formado pelos verbos fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio.
Exemplo:
Deixei-a entrar atrasada. Mandaram-me conversar com o diretor.

F - Parte Integrante do Verbo

Os pronomes parte integrante do verbo são me, te, se, nos, vos. São parte integrante de verbo pronominal, aquele que não se conjuga sem o pronome. São exemplos de verbo pronominal suicidar-se, queixar-se, arrepender-se...
Exemplo:
Queixei-me de Pedro por ter atrapalhado o nosso trabalho. Arrependam-se, pecadores!.

G- Partícula Expletiva

Os pronomes que são partículas expletivas, ou partícula de realce são me, te, se, nos, vos. Ocorre a partícula de realce com verbo intransitivo, com sujeito claro. Esse pronome pode ser retirado da frase, sem prejuízo de significado.

EXEMPLO:

João foi-se embora. Maria morria-se de ciúmes da cunhada.
Fonte: www.gramaticaonline.com.br
PRONOME
Os entes de nossa cultura são nomeados por palavras que se incluem na categoria de substantivos. Entretanto, nem sempre nos servimos de substantivos para fazer referências aos elementos culturais que nos rodeiam: podemos servir-nos de uma classe de palavras chamada pronome.
      
Como você pode observar nos exemplos acima, o pronome é a classe de palavras que pode substituir nome ou a ele referir-se.

NOTA

Quando o pronome substitui o nome, é pronome substantivo: Ela está triste.
Quando se refere a ele, é pronome adjetivo: Esta menina está triste.

1. Divisão dos Pronomes

1.1 PESSOAIS

PESSOAIS
RETOS
OBLÍQUOS ÁTONOS
OBLÍQUOS TÔNICOS
1ª SINGULAR
eu
me
mim
2ª SINGULARtuteti
3ª SINGULARele, elase, lhe, o, asi, ele, ela
1ª PLURALnósnosnós
2ª PLURALvósvosvós
3ª PLURALeles, elasse, lhes, os, assi, eles, elas
NOTA
Também se incluem entre os pronomes pessoais os pronomes de tratamento, que se referem à terceira pessoa:
  • você, vossa senhoria, vossa excelência, vossa eminência etc.

1.2 DEMONSTRATIVOS

1ª SINGULAR
este
esta
isto
2ª SINGULAR
esse
essa
isso
3ª SINGULAR
aquele
aquela
aquilo
1ª PLURAL
estes
estas
-
2ª PLURAL
esses
essas
-
3ª PLURAL
aqueles
aquelas
-
NOTA
São, ainda, PRONOMES DEMONSTRATIVOS: tal, próprio, mesmo, semelhante, o (= aquele, aquilo), a (= aquela, aquilo).

1.3 POSSESSIVOS

1ª SINGULAR
meu
minha
meus
minhas
2ª SINGULAR
teu
tua
teus
tuas
3ª SINGULAR
seu
sua
seus
suas
1ª PLURAL
nosso
nossa
nossos
nossas
2ª PLURAL
vosso
vossa
vossos
vossas
3ª PLURAL
seu
sua
seus
suas
NOTA
PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS ÁTONOS podem assumir valor de POSSESSIVO:
ME    =MEU(S) ,MINHA(S) :Voou - me o chapéu = Voou o meu chapéu.
TE     =TEU(S) ,TUA(S) :Voou - te o chapéu = Voou o teu chapéu.
LHE   =SEU(S) ,SUA(S) :Voou - lhe o chapéu = Voou o seu chapéu.
NOS  =NOSSO(S) ,NOSSA(S) :Voou - nos o chapéu = Voou o nosso chapéu.
VOS  =VOSSO(S) ,VOSSA(S) :Voou - vos o chapéu = Voou o vosso chapéu.
LHES =SEU(S) ,SUA(S) :Voou - lhes o chapéu = Voou o seu chapéu/Voou o chapeú deles.

1.4 INTERROGATIVOS

1.5 INDEFINIDOS

Referem-se, de modo vago, impreciso, à 3ª pessoa gramatical.
Alguns exemplos:
  • alguém
  • ninguém
  • quem
  • muito
  • bastante
  • todo
  • cada

1.6 RELATIVOS

Empregam-se em relação a um termo antecedente.
Alguns exemplos:
  • que
  • quem
  • qual
  • quanto
  • cujo

2. ESTUDO DOS PRONOMES PESSOAIS

2.1. RETOS

Exercem sempre a função sintática de sujeito do processo verbal.
Podem funcionar, também, como predicativo do sujeito.
Exemplo:
Eu não sou ele.
 (Eu: sujeito / ele: predicativo do sujeito)

2.2. OBLÍQUOS ÁTONOS

Exercem a função de objeto direto e objeto indireto, basicamente.
Podem funcionar como complemento nominal, adjunto adnominal e, com verbos causativos (mandar, fazer, deixar) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir), exercer a função de sujeito do infinitivo.
O livro, eu o guardo comigo. = objeto direto
Nunca lhe darei uma oportunidade. = objeto indireto
Roubaram-lhe os documentos. (= seus) = adjunto adnominal
Fiquei-lhe agradecido. = complemento nominal
Mandei-o entrar = sujeito do infinitivo

2.3. OBLÍQUOS TÔNICOS

Aplicam-se sempre precedidos de preposição. Exercem função sintática de objeto indireto, objeto direto preposicionado,complemento nominal etc.
Exemplos
Os alunos referem-se a ele com carinho. = objeto indireto.
Os alunos procuram a ele insistentemente. = objeto direto preposicionado.
Ficamos gratos a ela. = complemento nominal.

2.4. PRONOME DE TRATAMENTO

A elegância e educação obrigam certas formas de tratamento que distinguem as pessoas a quem nos referimos. Neste caso, empregam-se os pronomes de tratamento. É importante saber-se o emprego de cada um deles, bem como as formas abreviadas que se empregam na escrita.
Veja o quadro abaixo:
V.A. = Vossa Alteza - príncipes e duques
V. Emª = Vossa Eminência - cardeais
V. Il.ma. = Vossa Ilustríssima - autoridades em geral
V Rev.ma. = Vossa Reverendíssima - bispos
V. S. = Vossa Santidade - Papa
V. Exª = Vossa Excelência - Presidente e altos cargos
V. M. = Vossa Majestade - reis
V. Sª = Vossa Senhoria - pessoas de cerimônia
É a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome.
Ex.: Ana disse para sua irmã: 
Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aqui em cima da mesa. 
1. eu substitui "Ana" 2. meu acompanha "o livro de matemática" 3. o substitui "o livro de matemática" 4. ele substitui "o livro de matemática"

FLEXÃO

Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa:

GÊNERO

(masculino/feminino) Ele saiu/Ela saiu Meu carro/Minha casa

NÚMERO

(singular/plural)  Eu saí/Nós saímos Minha casa/Minhas casas

PESSOA

(1ª/2ª/3ª) Eu saí/Tu saíste/Ele saiu Meu carro/Teu carro/Seu carro

FUNÇÃO

O pronome tem duas funções fundamentais:

SUBSTITUIR O NOME

Nesse caso, classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um grupo nominal.
Ex.: Quando cheguei, ela se calou. (ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se trata de um pronome substantivo porque está substituindo um nome)

REFERIR-SE AO NOME

Nesse caso, classifica-se como pronome adjetivo e constitui uma palavra dependente do grupo nominal.
Ex.: Nenhum aluno se calou. (o sujeito "nenhum aluno" tem como núcleo o substantivo "aluno" e como palavra dependente o pronome adjetivo "nenhum")

PRONOMES PESSOAIS

São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso:
1ª pessoa - a pessoa que fala - EU/NÓS 2ª pessoa - a pessoa com que se fala - TU/VÓS 3ª pessoa - a pessoa de quem se fala - ELE/ELA/ELES/ELAS Pronomes pessoais retos: são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo.  Pronomes pessoais oblíquos: são os que podem exercer função de complemento.

PESSOAS DO DISCURSO

PRONOMES PESSOAIS RETOS

PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS

ÁTONOS

TÔNICOS

SINGULAR

1ª pessoa
eu
me
mim, comigo
2ª pessoa
tu
te
ti, contigo
3ª pessoa
ele/ela
se, o, a, lhe
si, ele, consigo

PLURAL

1ª pessoa
nós
nos
nós, conosco
2ª pessoa
vós
vos
vós, convosco
3ª pessoa
eles/elas
se, os, as, lhes
si, eles, consigo

PRONOMES OBLÍQUOS

Associação de pronomes a verbos:
Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, -z, assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes.
Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem.        Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.
Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem as formas no, na, nos, nas.
Ex.: Fizeram um relatório.        Fizeram-no.
Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito da oração. Ex.: Maria olhou-se no espelho Eu não consegui controlar-me diante do público.
Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeito do verbo no infinitivo
Ex.:O professor trouxe o livro para mim.(pronome oblíquo, pois é um complemento) O professor trouxer o livro para eu ler.(pronome reto, pois é sujeito)

PRONOMES DE TRATAMENTO

São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade.
Conheça alguns:
  • você (v.) : tratamento familiar
  • senhor (Sr.), senhora (Srª.) : tratamento de respeito
  • senhorita (Srta.) : moças solteiras
  • Vossa Senhoria (V.Sª.) : para pessoa de cerimônia
  • Vossa Excelência (V.Exª.) : para altas autoridades
  • Vossa Reverendíssima (V. Revmª.) : para sacerdotes
  • Vossa Eminência (V.Emª.) : para cardeais
  • Vossa Santidade (V.S.) : para o Papa
  • Vossa Majestade (V.M.) : para reis e rainhas
  • Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : para imperadores
  • Vossa Alteza (V.A.) : para príncipes, princesas e duques
1- Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade)
2- Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome "vossa" se transforma no possessivo "sua".
Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)

PRONOMES POSSESSIVOS

São aqueles que indicam idéia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa gramatical possuidora.
As principais palavras que podem funcionar como pronomes possessivos:

MASCULINO

FEMININO

Singular
Plural
Singular
Plural
meu
meus
minha
minhas
teu
teus
tua
tuas
seu
seus
sua
suas
nosso
nossos
nossa
nossas
vosso
vossos
vossa
vossas
seu
seus
sua
suas
Existem palavras que eventualmente funcionam como pronomes possessivos. Ex.: Ele afagou-lhe (= seus) os cabelos.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas, ao tempo, e sua posição no interior de um discurso.
Pronomes
Espaço
Tempo
Ao dito
Enumeração
este, esta, isto, estes, estas
Perto de quem fala (1ª pessoa).
Presente
Referente aquilo que ainda não foi dito.
Referente ao último elemento citado em uma enumeração.
Ex.: Não gosteideste livro aqui.
Ex.: Neste ano, tenho realizado bons negócios.
Ex.: Estaafirmação me deixou surpresa: gostava de química.
Ex.: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, mas esta é mais oprimida.
esse, essa, esses, essas
Perto de quem ouve (2ª pessoa).
Passado ou futuro próximos
Referente aquilo que já foi dito.

Ex.: Não gosteidesse livro que está em tuas mãos.
Ex.: Nesse último ano, realizei bons negócios
Ex.: Gostava de química. Essaafirmação me deixou surpresa

aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas
Perto da 3ª pessoa, distante dos interlocutores.
Passado ou futuro remotos

Referente ao primeiro elemento citado em uma enumeração.
Ex.: Não gosteidaquele livro que a Roberta trouxe.
Ex.: Tenho boas recordações de 1960, poisnaquele ano realizei bons negócios.

Ex.: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, mas esta é mais oprimida queaquele.

PRONOMES INDEFINIDOS

São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa.
Alguns pronomes indefinidos:
algum
mais
qualquer
bastante
menos
quanto
cada
muito
tanto
certo
nenhum
todo/tudo
diferentes
outro
um
diversos
pouco
vários
demais
qual

Algumas locuções pronominais indefinidas: 
cada qual
qualquer um
tal e qual
seja qual for
sejam quem for
todo aquele
quem quer (que)
uma ou outra
todo aquele (que)
tais e tais
tal qual
seja qual for
Uso de alguns pronomes indefinidos:

ALGUM

a) quando anteposto ao substantivo da idéia de afirmação
"Algum dinheiro terá sido deixado por ela." 
b) quando posposto ao substantivo dá idéia de negação
"Dinheiro algum terá sido deixado por ela."
Obs.: O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador. 

DEMAIS

Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio "demais" ou com a locução adverbial "de mais".
Ex.:" Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista." (locução adverbial) "Maria esperou os demais." (pronome indefinido = os outros)  "Maria esperou demais." (advérbio de intensidade) 

TODO

É usado como pronome indefinido e também como advérbio, no sentido de completamente, mas possuindo flexão de gênero e número, o que é raro em um advérbio.
Ex.: "Percorri todo trajeto." (pronome indefinido)
"Por causa da chuva, a roupa estava toda molhada." (advérbio)

CADA

Possui valor distributivo e significa todo, qualquer dentre certo número de pessoas ou de coisas.
Ex.: "Cada homem tem a mulher que merece."
Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada férias), a não ser que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias).  Pode, às vezes, ter valor intensificador : "Mário diz cada coisa idiota!"

PRONOMES RELATIVOS

São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome citado denomina-se  ANTECEDENTE do pronome relativo.
Ex.:"A rua onde moro é muito escura à noite." onde: pronome relativo que representa "a rua" a rua : antecedente do pronome "onde"
Alguns pronomes que podem funcionar como pronomes relativos: 
FORMAS VARIÁVEIS
 FORMAS INVARIÁVEIS
Masculino
Feminino

o qual / os quais
a qual / as quais
quem
quanto / quantos
quanta / quantas
que
cujo / cujos
cuja /  cujas
onde
  • O pronome relativo QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de "O QUAL" Ex.: "Aquela menina de quem lhe falei viajou para Paris." Antecedente: menina Pronome relativo antecedido de preposição: de quem
  • Os pronomes relativos CUJO, CUJA sempre precedem a um substantivo sem artigo e possuem o significado "DO QUAL" "DA QUAL"  Ex.: "O livro cujo autor não me recordo." 
  • Os pronomes relativos QUANTO(s) e QUANTA(s) aparecem geralmente precedidos dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Ex.: "Você é tudo quanto queria na vida."
  • O pronome relativo ONDE tem sempre como antecedente palavra que indica lugar. Ex.: "A casa onde moro é muito espaçosa."
  • O pronome relativo QUE admite diversos tipos de antecedentes: nome de uma coisa ou pessoa, o pronome demonstrativo ou outro pronome.  Ex.: "Quero agora aquilo que ele me prometeu."
  • Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos, permitindo-nos unir duas orações em um só período. Ex.:A mulher parece interessada. A mulher comprou o livro.      ( A mulher que parece interessada comprou o livro.)

PRONOMES INTERROGATIVOS

Os pronomes interrogativos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes interrogativos, como por exemplo: QUE, QUANTOS, QUEM, QUAL, etc.
Ex.: "Quantos livros teremos que comprar?"         "Ele perguntou quantos livros teriam que comprar."         "Qual foi o motivo do seu atraso?"
Nos dois primeiros exemplos a função desses termos é substituir o nome (substantivo); já nos dois últimos, sua função é acompanhar o substantivo, determinando a extensão de seu significado. Tais palavras são denominadas pronomes.
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou situando-o no espaço e no tempo.
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.
Ele não veio.
Convidei-o para a festa.
Quando o pronome acompanha o substantivo, dizemos tratar-se de pronome adjetivo.
Esta casa é antiga.
Meu livro está rabiscado.
Muitos livros são interessantes.
Isoladamente, o pronome não tem significado, pois não temos condições de identificar o ser a que ele se refere. Portanto, o pronome expressa um ser apenas quando inserido num contexto.
Paulo é uma pessoa divertida. Convidei-o para a festa, mas ele não veio.
Há em português, seis espécies de pronomes: pessoais; interrogativos; demonstrativos; relativos; indefinidos; interrogativos.

AS PESSOAS DO DISCURSO

Como o pronome, via de regra, está relacionado às pessoas do discurso (ou seja, às pessoas que participam de uma fala, de uma conversação), é fundamental identificá-las.
São três as pessoas do discurso:
  • primeira pessoa – aquela que fala.
  • segunda pessoa – aquela com quem se fala.
  • terceira pessoa – aquela de quem (ou de que) se fala.
Imaginemos um fragmento de conversa em que José (primeira pessoa) fala com Juliana (segunda pessoa) sobre Tiago (terceira pessoa):
-Eu já te disse: não quero falar sobre ele!
Eu é um pronome que indica a primeira pessoa, a pessoa que fala (José); te é um pronome que indica a segunda pessoa, no caso, Juliana, com quem José fala; ele é um pronome que indica a terceira pessoa, de quem se fala, ou seja, Tiago.

PRONOMES PESSOAIS

Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do discurso. Além das flexões de pessoa (primeira, segunda e terceira), gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), o pronome pessoal apresenta variação de forma (reto ou oblíquo), dependendo da função que desempenhar na oração.
O pronome pessoal será reto quando desempenhar a função de sujeito da oração e será oblíquo quando desempenhar a função de complemento verbal.
Os pronomes pessoais são os seguintes:
númeroPessoaPronomes retosPronomes oblíquos
SingularPrimeiraeume, mim, comigo
Segundatute, ti, contigo
Terceiraele/elase, si, consigo, o, a, lhe
PluralPrimeiranósnos, conosco
Segundavósvos, convosco
Terceiraeles/elasse, si, consigo, os, as, lhes
As formas sintéticas comigo, contigo, conosco, convosco, e consigo resultam da combinação da preposição com + os pronomes oblíquos correspondentes.

PRONOMES DE TRATAMENTO

Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Eles se referem à pessoa com quem se fala (portanto, segunda pessoa), mas a concordância gramatical deve ser feita na terceira pessoa. Convém notar que, com exceção de você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
Veja alguns deles:

PRONOME DE TRATAMENTO

ABREVIATURA

REFERÊNCIA

Vossa AltezaV.A.Príncipes, duques
Vossa EminênciaV.Em.ªCardeais
Vossa ExcelênciaV.Ex.ªAltas autoridades em geral
Vossa MagnificênciaV.Mag.ªReitores de universidades
Vossa ReverendíssimaV.Rev.maSacerdotes em geral
Vossa SantidadeV.S.Papas
Vossa SenhoriaV.S.ªFuncionários graduados
Vossa MajestadeV.M.Reis, imperadores
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vocês.

Emprego dos pronomes pessoais

1. Os pronomes oblíquos conosco e convosco são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica.
  • Queriam falar conosco.
  • Queriam falar com nós dois
2. Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, - z, assumem a forma lo, la, los, las, e os verbos perdem aquelas terminações.
  • Vou amá-lo por toda a minha vida. (amar + o)
  • As nossas crianças, amemo-las com intensidade. (amemos + as)
  • O jogo, fi-lo sozinho. (fiz + o)
3. Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, - ão, -õe, assumem a forma no, na, nos, nas.
  • Entregaram-no ao professor.
  • O assunto, dão-no por encerrado.
  • Abençõem-nos para que partam tranqüilos.
4. Na primeira pessoa do plural (nós), a forma verbal perde o s final quando seguida do pronome oblíquo nos.
  • queixamos + nos ® queixamo-nos
  • referimos + nos ® referimo-nos
5. As formas plurais nós e vós podem ser empregadas para representar uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de modéstia.
  • Nós – disse o prefeito – procuramos resolver o problema das enchentes. (plural de modéstia)
  • Vós sois minha salvação, meu Deus! (plural de majestático)
6. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por sua, quando nos referimos a essa pessoa.
  • Vossa Excelência já aprovou os projetos? – perguntou o assessor.
  • Sua Excelência, o governador, deverá estar presente à inauguração – relatou o repórter.
  • Na primeira frase, empregou-se Vossa Excelência porque o interlocutor falava com o governador. Na Segunda, o repórter utilizou a forma Sua Excelência porque falava do governador.
7. No português moderno falado no Brasil, você deixou de ser pronome de tratamento e assumiu todas as características e funções de um pronome pessoal de segunda pessoa substituindo o tu e o vós. No entanto, continua fazendo a concordância com o verbo na terceira pessoa.
  • Você irá ao cinema? (você: segunda pessoa; irá: terceira pessoa)
  • Vocês irão ao cinema? (vocês: segunda pessoa; irão: terceira pessoa)

Pronomes possessivos

Pronomes possessivos são aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando idéia de posse.
  • Meu chapéu é vermelho
  • Posso ler teu jornal?

OS PRONOMES POSSESSIVOS SÃO OS SEGUINTES:

NÚMERO

PESSOA

PRONOMES POSSESSIVOS

SingularPrimeirameu, minha, meus, minhas
Segundateu, tua, teus, tuas
Terceiraseu, sua, seus, suas
PluralPrimeiranosso, nossa, nossos, nossas
Segundavosso, vossa, vossos, vossas
Terceirasua, sua, seus, suas

CONCORDÂNCIA DOS PRONOMES POSSESSIVOS

Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o possuidor.
(Eu) Vendi meus discos. (Eu) Vendi minha coleção de discos.
(Tu) Releste teus papéis? (Tu) Releste tua prova?
(Nós) Emprestamos nossos discos. (Nós) Emprestamos nossa casa.
Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo.
Fiquei ouvindo meus discos e fitas.

EMPREGO DOS PRONOMES POSSESSIVOS

1. Em muitos casos, a utilização do possessivo de terceira pessoa (seu e flexões) pode deixar a frase ambígua, ou seja, podemos ter dúvidas quanto o possuidor.
A professora disse ao diretor que concordava com sua nomeação. (nomeação de quem? Da professora ou do diretor?)
Para evitar essa ambigüidade, deve-se, sempre que possível, substituir o pronome seu (e flexões) pela forma dele (e flexões).
A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dela. (da professora)
A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dele. (do diretor)
2. Há casos em que o pronome possessivo não exprime propriamente idéia de posse. Ele pode ser utilizado pra indicar aproximação, afeto ou respeito.
Aquele senhor deve ter seus cinqüenta anos. (aproximação)
Meu caro aluno, procure esforçar-se mais. (afeto)
Minha Senhora, permita-me um aparte. (respeito)
3. A palavra seu que antecede nomes de pessoas não é pronome possessivo, mas corruptela de senhor.
Seu Humberto, o senhor poderia emprestar-me a furadeira?

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Pronomes demonstrativos são aqueles que indicam a posição de um ser em relação às pessoas do discurso, situando-o no espaço ou no tempo.
Os pronomes demonstrativos são os seguintes:

PESSOA

VARIÁVEIS

INVARIÁVEIS

Primeiraeste, esta, estes, estasisto
Segundaesse, essa, esses, essasisso
Terceiraaquele, aquela, aqueles, aquelasaquilo
As formas variáveis este, esse, aquele (e flexões) podem funcionar como pronomes substantivos ou pronomes adjetivos. As formas invariáveis isto, isso e aquilo sempre funcionarão como pronomes substantivos.
Esta casa foi reformada há pouco tempo. pronome adjetivo A casa que ele mandou reformar é esta. pronome substantivo A casa foi projetada por aquele arquiteto. pronome adjetivo O arquiteto que projetou a casa é aquele. pronome substantivo Isto não poderia ter ocorrido. pronome substantivo Sandra nunca concordou com aquilo. pronome substantivo
Dependendo do contexto, também podem funcionar como pronomes demonstrativos as seguintes palavras: o, a, os, as, mesmo, próprio, semelhante, tal.
Falaram tudo o que queriam.
As atletas convocadas não eram as que estavam em melhor forma.
Tal é pronome demonstrativo quando equivale a este, esse, isso (e respectivas flexões).
Não havia motivos reais para tal comportamento.
Jamais consegui compreender tais decisões.
Semelhante é pronome demonstrativo quando equivale a este, esse, tal (e respectivas reflexões).
Não diga semelhante asneira!
Mesmo e Próprio são demonstrativos de reforço. Estarão sempre se referindo a um substantivo ou pronome com o qual deverão concordar.
Ele mesmo preparou o jantar. Ela própria autorizou a viagem do filho. Fizeram as mesmas reclamações ao síndico. Não se deve fazer justiça pelas próprias mãos.
Os pronomes demonstrativos, com exceção de mesmo, próprio, semelhante e tal, podem aparecer unidos a preposições.
deste, desta, disto (= de + este, esta, isto) nesse, nessa, nisso (= em + esse, essa, isso) daquele, daquela, daquilo (= de + aquele, aquela, aquilo) àquele, àquela, àquilo, etc. (= a + aquele, aquela, aquilo)

EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

1. Os pronomes demonstrativos podem ser utilizados para indicar a posição espacial de um ser em relação às pessoas do discurso.
Os demonstrativos de primeira pessoa (este e flexões, isto) indicam que o ser está próximo à pessoa que fala.
Esta menina que está aqui ao meu lado se chama Lúcia. Este livro que trago comigo é um romance. Isto que eu tenho nas mãos é uma chave.
Os demonstrativos de segunda pessoa (esse e flexões, isso) indicam que o ser está próximo à pessoa com quem se fala.
Essa menina que está aí ao teu lado se chama Lúcia. Esse livro que tu trazes contigo é um romance. Isso que você tem nas mãos é uma chave.
Os demonstrativos de terceira pessoa (aquele e flexões, aquilo) indicam que o ser está próximo à pessoa de quem se fala, ou distante dos interlocutores.
Aquela menina que estuda na outra sala se chama Lúcia. Aquele livro que está lá na biblioteca é um romance. Aquilo que está ali nas mãos de Pedro é uma chave.
2. os demonstrativos servem para indicar a posição temporal, revelando proximidade ou distanciamento no tempo, em relação à pessoa que fala.
O demonstrativo de primeira pessoa este (e flexões) revela tempo presente, ou bastante próximo do momento em que se fala.
Hoje é feriado, por isso desejo aproveitar este dia. Desejo viajar ainda nesta semana.
O demonstrativo de Segunda pessoa esse (e flexões) revela tempo passado relativamente próximo ao momento em que se fala.
Na quarta-feira passada fiz aniversário; nesse dia reuni-me com os amigos. No mês passado completei dezoito anos; nesse mesmo mês tirei a carteira de habilitação.
O demonstrativo de terceira pessoa aquele (e flexões) revela tempo remoto ou bastante vago.
Em 1970, a seleção brasileira de futebol era imbatível. Resultado: naquele ano o Brasil se sagrou tricampeão mundial. Em 1922 realizou-se a semana da Arte Moderna em São Paulo; naquela época, muitas pessoas criticaram as propostas modernistas.
3. Os pronomes demonstrativos podem indicar o que ainda vai ser dito e aquilo que já foi dito.
Devemos empregar este (e flexões) e isto quando queremos fazer referência a alguma coisa que ainda vai ser dita.
Espero sinceramente isto: que sejam chamados os melhores. Estas são as qualidades de um bom texto: clareza, correção, elegância e concisão.
Devemos empregar esse (e flexões) e isso quando queremos fazer referência alguma coisa que já foi dita.
Que sejam chamados os melhores; é isso que espero. Clareza, correção, elegância e concisão; essas são as qualidades de um bom texto.
Emprega-se este em oposição a aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados. Este se refere ao mais próximo; aquele, ao mais distante.
Matemática e Literatura são matérias que me agradam: este me desenvolve a sensibilidade; aquela, o raciocínio.
Em expressões como: por isso, além disso, isto é, o uso dos demonstrativos nem sempre está em conformidade com as regras. Nessas expressões sua forma é fixa.

PRONOMES RELATIVOS

Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetando-o numa outra oração.
Não conhecemos os alunos. Os alunos saíram. Não conhecemos os alunos que saíram.
Observe: o pronome relativo que retoma o termo antecedente (os alunos), projetando-o na oração seguinte.
Os pronomes relativos são os seguintes:

VARIÁVEIS

INVARIÁVEIS

O qual, a qual, os quais, as quaisQue (quando equivale a o qual e flexões)
Cujo, cuja, cujos, cujasQuem (quando equivale a o qual e flexões)
Quanto, quanta, quantos, quantasOnde (quando equivale a no qual e flexões)

EMPREGO DOS PRONOMES RELATIVOS

1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
Este é o autor a cuja obra me refiro. (me refiro) Este é o autor de cuja obra gosto. (gosto de) São opiniões em que penso. (penso em)
2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas e é precedido de preposição.
Não conheço a menina de quem você falou. Este é o rapaz a quem você se referiu.
3. É comum empregar o relativo quem sem antecedente claro. Nesse caso, ele é classificado como relativo indefinido e não é antecedido de preposição.
Quem cala consente. (= Aquele que cala, consente)
4. O pronome relativo que pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas.
Não conheço o rapaz que saiu. (pessoa) Não li o livro que você me indicou. (coisa)
5. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Esta é a pessoa de que lhe falei. Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei. Aquela é a ferramenta com que trabalho. Aquele é o empreiteiro para o qual trabalho.
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões). “Cesse tudo o que a Musa antiga canta...” (Camões)
Sei o que estou dizendo. Calou o que sentia. Nesses casos o pronome o equivale a aquilo.
7. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões).
Deve concordar com a coisa possuída Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da pessoa) Esta é a cidade cujas praias são lindas. (praias da cidade) Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai)
8. O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedentes os pronomes indefinidos tudo, tanto, etc.; daí seu valor indefinido.
Falou tudo quanto queria. Coloque tantas quantas forem necessárias.
Também pode ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em certos documentos jurídicos.
Saiba quantos lerem esta escritura...
9. O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual.
Esta é a casa onde moro. Não conheço o lugar onde você está
Onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Sempre morei na cidade onde nasci. Fique onde está.
Aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.
Não conheço o lugar aonde você irá. Voltei àquele lugar aonde meu pai costumava me levar quando criança.

PRONOMES INDEFINIDOS

Pronomes indefinidos são aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago e impreciso.
Alguém me contou a verdade. Algo me diz que não é este o caminho.
Os principais pronomes indefinidos são os seguintes:

VARIÁVEIS

INVARIÁVEIS

Algum, alguma, alguns, algumas Nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas Todo , toda, todos, todas(referem-se a coisas) algo tudo, nada
Outro, outra, outros, outras Muito, muita, muitos, muitas Pouco, pouca, poucos, poucas Certo, certa, certos, certas Vário, vária, vários várias(referem-se a pessoas) quem alguém ninguém outrem
Quanto, quanta, Quantos quantas Tanto, tanta, tantos, tantas Qualquer, quaisquer Qual, quais Um, uma, uns umas(referem-se a coisas ou pessoas) cada que
Os pronomes indefinidos também podem aparecer sob forma de locução pronominal: cada qual, quem quer que, qualquer um.

EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS

1. O indefinido algum, quando posposto ao nome, assume valor negativo, equivalendo a nenhum.
Motivo algum me fará desistir do cargo. Livro algum faz referência a este episódio.
2. O pronome indefinido cada não deve ser utilizado desacompanhado de substantivo ou numeral. Recebemos cem mil cruzeiros cada um.
3. Certo é pronome indefinido quando anteposto ao nome a que se refere. Quando posposto, será adjetivo.
Não entendi certos exercícios. (pronome indefinido) Os exercícios certos valerão nota. (adjetivo, com sentido de “corretos”)
4. Todo, toda (singular), quando desacompanhados de artigo, significam qualquer.
Todo homem é mortal. (qualquer homem) Quando acompanhados de artigo passam a dar a idéia de totalidade. Ele comeu todo o bolo. (o bolo inteiro) No plural, todos, todas sempre virão seguidos de artigo, exceto se houver palavra que os exclua, ou numeral não seguido de substantivo. Todos os alunos compareceram Todos estes alunos compareceram. (estes: palavra que exclui o artigo). Todos os cinco alunos compareceram.
5. Qualquer tem por plural quaisquer.
Acabaram acolhendo quaisquer soluções. A palavra qualquer, quando posposta ao substantivo, assume valor pejorativo. Era um malandrinho qualquer.

PRONOMES INTERROGATIVOS

São aqueles usados para formular alguma pergunta, de forma direta ou indireta.
Que impacto a rejeição do público causou em você (interrogativa direta) Gostaria muito de saber quem fez isso. (interrogativa indireta)
Os principais pronomes interrogativos são:
Variáveis: qual, quanto Invariáveis: quem, que
Por suas características, os pronomes interrogativos assemelham-se aos pronomes indefinidos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, me, te se, nos, vos), como todos os outros monossílabos, apóiam-se na tonicidade de alguma palavra próxima. Assim sendo, esses pronomes podem ocupar três posições na oração: antes do verbo, no meio do verbo e depois do verbo.
Antes do verbo – nesse caso, ocorre a próclise, e dizemos que o pronome está proclítico:
Nunca me revelaram os verdadeiros motivos.
No meio do verbo – nesse caso, ocorre a mesóclise, e dizemos que o pronome está mesoclítico; a mesóclise só é possível com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo:
Revelar-te-ei os verdadeiros motivos. Revelar-me-iam os verdadeiros motivos.
Depois do verbo – nesse caso, ocorre a ênclise, e dizemos que o pronome está enclítico:
Revelaram-me os verdadeiros motivos.Podemos considerar os pronomes como uma classe de substitutos, pela característica que apresentam de, na maioria dos casos, poderem ser comutados por sintagmas substantivos. O sistema de pronomes do português é rico e complexo.

FLEXÕES DOS PRONOMES

Os pronomes são flexionados em pessoa, gênero, número, e caso, embora o sistema pronominal seja defectivo, como se observa no quadro de pronomes, onde existem lacunas que correspondem à ausência de algumas possibilidades de flexão. A flexão em gênero, por exemplo só existe para alguns pronomes de terceira pessoa. Muitas flexões apresentam a mesma forma que outras próximas no quadro.
A flexão de caso, em português, está presente apenas nos pronomes, que comportam três casos: reto, oblíquo OD e oblíquo SSp.

RETO

O caso reto é empregado quando o pronome desempenha função de Sujeito da Frase.

OBLÍQUO OD

O caso oblíquo OD é usado quando o pronome funciona como Objeto direto na Frase.

OBLÍQUO SSP

O caso oblíquo SSp, por sua vez, é usado em função de sintagma Substantivo preposicionado. Uma especialização do caso oblíquo SSp são os pronomes reflexivos. O oblíquo reflexivo é usado quando o pronome ocupa função de Objeto indireto e, além disso, o Sujeito e o Objeto indireto da Frase denotam o mesmo referente.

TERCEIRA PESSOA EM FUNÇÃO DE SEGUNDA

Uma característica marcante do nosso sistema pronominal é a possibilidade de, em certos casos, se usar uma flexão de pessoa com valor de outra. O caso mais notável dessa peculiaridade ocorre quando nos dirigimos à quem se fala (segunda pessoa do discurso) usando pronomes de terceira pessoa. Nesse caso, o verbo também pode vir flexionado em terceira pessoa.
Observe os exemplos:
  • Tu podes me informar as horas?
  • Você pode me informar as horas?
O pronome da Frase um está flexionado em segunda pessoa e o pronome da Frase dois, está em terceira pessoa. No entanto, as frases se equivalem já que por meio de ambas, nos dirigimos ao receptor, ou seja, à segunda pessoa do discurso.
O uso de flexões de terceira pessoa em lugar de segunda explica-se historicamente. Os pronomes de tratamento eram formas cerimoniais de se dirigir às autoridades. Pela etiqueta da época, não se considerava apropriado dirigir-se à autoridade diretamente, usando pronomes de segunda pessoa. Os pronomes de tratamento, na verdade, citavam a pessoa a quem se fala de uma forma indireta, referindo-se à seus atributos.
Por exemplo: Em vez de dizer:
  • Tu podes me conceder um favor?
dizia-se:
  • Vossa mercê pode me conceder um favor?
  • Vossa senhoria pode me conceder um favor?
A forma de tratamento vossa mercê evoluiu para o pronome atual você. Essa maneira de se dirigir à quem se fala em terceira pessoa se consolidou na língua portuguesa e hoje não se limita aos pronomes de tratamento e às situações formais. Temos no português contemporâneo, regras que definem como usar flexões pronominais de terceira pessoa em função de segunda. Vamos conhecer essas regras a seguir.

RETO

Frases com o pronome tu podem ser comutadas com correspondentes que usem pronomes de tratamento.
Por exemplo
  • Tu podes me fazer um favor?
  • Você pode me fazer um favor?
  • O senhor pode me fazer um favor?
Observe que o verbo concorda com a pessoa do pronome.

OBLÍQUO SSP ÁTONO

Frases com o pronome te podem ser comutadas por correspondentes que usem lhe ou a + pronome de tratamento.
Exemplos
  • Concedo-te o benefício.
  • Concedo-lhe o benefício.
  • Concedo a você o benefício.
  • Concedo ao senhor o benefício.

OBLÍQUO SSP TÔNICO

Frases com o pronome ti são comutáveis por correspondentes que apresentem o pronome lhe ou pronomes de tratamento.
Exemplos
  • Concedo a ti o benefício.
  • Concedo-lhe o benefício.
  • Concedo a você o benefício.
  • Concedo ao senhor o benefício.
Observe que lhe substitui preposição + pronome tônico.

COM + PRONOME

Frases com a forma contigo podem ser permutadas com correspondentes que usem consigo ou com + pronome de tratamento.
Exemplos
  • Vou contigo ao escritório.
  • Vou consigo ao escritório.
  • Vou com você ao escritório.
  • Vou com o senhor ao escritório.
Não existem formas de segunda pessoa para oblíquo OD átono, oblíquo SSp átono reflexivo, oblíquo SSp tônico reflexivo, e pronomes de tratamento logo, não há como fazer permuta com formas de terceira pessoa nesses casos.
No caso dos pronomes lhe e consigo, somente pelo contexto podemos discernir se estão sendo usados em função de segunda ou terceira pessoa.
Embora os pronomes de tratamento sejam de terceira pessoa, seu uso ocorre praticamente só em função de segunda.
Fonte: www.trabalhonota10.com
PRONOME
Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Os pronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas antigas. Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ou nenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal completo.
O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das pessoas do discurso.
Quando um pronome substitui o substantivo ele é chamado de pronome substantivo.
Os pronomes classificam-se em vários tipos. Os pronomes pessoais apontam para algum participante da situação de fala: eu, você, nós, ela, eles. Os pronomes demonstrativos apontam no espaço ou no tempo, como este em "Este é um bom livro". Os pronomes interrogativos fazem perguntas, como quem em "Quem está aí?". Os pronomes indefinidos, como alguém ou alguma coisa, preenchem um espaço numa frase sem fornecer muito significado específico, como em "Você precisa de alguma coisa?". Os pronomes relativos introduzem orações relativas, como o que em "Os estudantes que tiraram a roupa durante a cerimônia de formatura estão encrencados". Finalmente, um pronome reflexivo como si mesmo e um pronome recíproco como um (a)o outro referem-se a outros sintagmas nominais presentes na sentença de maneiras específicas, como em "Ela amaldiçoou a si mesma" e "Eles estão elogiando muito um ao outro, ultimamente".
Como regra geral, um pronome não pode tomar um modificador, mas há umas poucas exceções: pobre de mim, coitado dele, alguém que entenda do assunto, alguma coisa interessante.

PRONOMES POSSESSIVOS

São aqueles que se referem às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Flexionam-se em gênero e número, concordando com a coisa possuída, e em pessoa, concordando com o possuidor.
Exemplos:
  • meu(s)
  • minha(s)
  • teu(s)
  • tua(s)
  • nosso(a)/nossos(as)
  • vosso(a)/vossos(as)

PRONOMES INDEFINIDOS

São aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. São pronomes indefinidos aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo indeterminado.

VARIÁVEIS

Todo, toda, um, uma, algum, alguma, nenhum, nenhuma, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco, pouca, tanto, tanta, qualquer, quaisquer.

PRONOMES DEFINIDOS

  • a
  • o
  • essa
  • esse
João comeu a maçã apronome definido
joão comeu uma maçã uma
pronome indefinido

INVARIÁVEIS

  • Tudo
  • algo
  • nada
  • alguém
  • outrem
  • ninguém
  • cada
  • mais
  • menos
Estes pronomes não sofrem nenhuma alteração, ou seja, não mudam de gênero nem de número.

Pronomes pessoais

São aqueles que representam as pessoas do discurso.
Subdividem-se em:

CASO RETO

(exercem a função de sujeito ou predicativo do sujeito): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas

CASO OBLÍQUO

(exercem a função de complemento verbal): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as, lhes.
Há dois tipos deles: átonos e tônicos.
Os tonicos tem função de objeto indireto e os átonos tem função de objeto direto.

PRONOMES REFLEXIVOS

Como pode haver diversas 3ªs pessoas cumprindo diversos papéis (sujeito e objeto direto/indireto) numa oração, a língua portuguesa apresenta o pronome reflexivo 'se', que, quando empregado, denota que a mesmíssima pessoa que é o sujeito da oração é também o objeto. Assim, numa oração como "Guilherme já se preparou", o 'se' denota que a pessoa preparada por Guilherme foi ele próprio. Se, ao invés de 'se', tivéssemos empregado 'o' (pronome oblíquo exclusivo para objetos diretos) numa oração como "Guilherme já o preparou" entenderíamos que ele preparou a outra pessoa. No entanto, a mesma coisa não ocorre com as outras pessoas (1ª e 2ª), pois, como elas não se alteram, não precisamos empregar um pronome especial.
Veja exemplos:
  • Eu não me vanglorio disso. (O 'me' poderia referir-se a que outro 'eu'?)
  • Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
  • Assim tu te prejudicas. (Mesma coisa com o 'te')
  • Conhece-te a ti mesmo.
  • Lavamo-nos no rio.
  • Vós vos beneficiastes com a Boa Nova.
Nota: No Brasil, costuma-se usar o pronome 'si' também com sentido reflexivo, contudo o mesmo não ocorre em Portugal. Portanto, uma oração como "Ela falou de si" seria genéricamente entendida no Brasil como "de si mesma" enquanto em Portugal como "de outrem". O mesmo vale para 'consigo': "Antônio conversou consigo mesmo".
TAMBÉM 1 Gram. Pronome oblíquo que indica que o sujeito da ação é também o objeto. São me (eu me penteei), se (você/ele/ela se penteou, vocês/eles/elas se pentearam) e vos (vós vos penteastes.)]

PRONOMES DE TRATAMENTO

Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa do discurso, mas sua concordância é feita em terceira pessoa. . Palavra ou expressão que substitui pronome pessoal no discurso. É ger. us. para a 2a pessoa, mas com o verbo conjugado na 3a, como em você(s), Sua(s)/Vossa(s) Excelência(s), Suas(s)/Vossa(s) Senhorias, etc.]
Exemplos
  • você, o senhor
  • Vossa Excelência
  • a Vossa Senhoria
  • Vossa Santidade
  • Vossa Magnificência
  • Vossa Majestade
  • Vossa Alteza
Nota: Esse tipo de pronome e ultilizado para se referir as pessoas de cargos importantes da sociedade.
Como por exemplo:
  • Membros da realeza: (Reis ,Rainhas, Princípes , etc...)
  • Membros do poder: Legislativo ,Judiciário e Executivo
  • Também para como os membros religiosos.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

São aqueles que indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo.
  • primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto.
  • segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso.
  • terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Também podem ser utilizados para localizar algo num texto: este (e suas flexões) indica um objeto que está adiante (ainda não mencionado); esse (e flexões) indica um objeto já mencionado. Os pronomes "isto", "isso", "aquilo" são classificados geralmente como demonstrativos, mas funcionam na verdade como pronomes pessoais de terceira pessoa, representando o gênero neutro.

OUTROS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

  • mesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando têm sentido de "identico", "em pessoa"
  • próprio, própria, próprios, próprias: quando têm sentido de "idêntico", "em pessoa"
  • semelhante, semelhantes: são demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais" tal, tais
  • o, a, os, as: quando puderem ser substituídos por "isto", "isso", "aquilo" e variações

OBSERVAÇÃO

  • Utiliza-se este (e variações) quando a coisa da qual se fala está perto de quem fala;
  • Utiliza-se esse (e variações) quando a coisa da qual se fala está próxima de quem ouve;
  • Utiliza-se aquele (e variações) quando a coisa da qual se fala está distante de quem fala e de quem ouve.

PRONOMES EM OUTROS IDIOMAS

Nas línguas indo-européias, os pronomes formam uma classe gramatical presente em todos os idiomas, embora com algumas variações.
Nas línguas urálicas, não existem pronomes pessoais nem possessivos. Apenas a flexão do verbo é suficiente para determinar a pessoa e a posse é designada pelo caso genitivo, que assume uma forma diferente para cada pessoa.
Em espanhol há um pronome de terceira pessoa para indicar o gênero neutro ("ello", "ellos").
Em latim não há pronome pessoal de terceira pessoa, sendo substituídos por pronomes demonstrativos.
Em inglês, todos os pronomes são declinados em caso (nominativo, acusativo e possessivo). Os pronomes demonstrativos não se flexionam em gênero.
Na maioria das línguas indo-européias, assim como em japonês, pode existir mais de um pronome de segunda pessoa, chamados "pronomes de tratamento", dependendo do grau de proximidade e respeito a que se dedica ao interlocutor.
Em espanhol existem os pronomes "tu" e "usted" (singular), "vosotros" e "ustedes" (plural).
Em inglês o pronome "you" é de uso genérico, mas raramente, em ocasiões solenes, usam-se os pronomes "thou" (singular) e "ye" (plural), com os respectivos oblíquos "thee" e "you" e possessivos "thy/thine" e "your/yours".
Em francês são usados os pronomes "tu" e "vous".
Em japonês os pronomes de primeira pessoa variam de acordo com o sexo do falante e de acordo com a circunstância em que é usado, além de os pronomes de tratamento serem diferentes inclusive para pessoas próximas (quando se dirige a um filho, ao marido, ao chefe, a um subordinado, a um amigo, etc.). O pronome "atashi" significa "eu" quando é uma mulher que fala, enquanto "boku" significa "eu" quando é dito por um homem. Os pronomes "watashi" e "watakushi" são usados por ambos, em circunstâncias formais.
Em alemão, o pronome pessoal "Sie" (maiúsculo) significa: "o senhor", "a senhora", "os senhores", "as senhoras", mas "sie" (minúsculo) significa: "ela", "elas", "eles"
Em sueco há quatro gêneros de pronomes pessoais para terceira pessoa no singular: masculino, feminino, comum e neutro. O gênero comum serve para designar animais e plantas, e o gênero neutro serve para designar objetos inanimados.
Fonte: pt.wikipedia.org
Pronome
Pronome - Palavra gramatical que substitui ou pode substituir um nome (substantivo) ou a ele se refere: eu, lhe, isto, meu, etc. Exemplos: "Eu sou a força!", "Dê-lhe o recado", "Isto é seu", "Esse crachá é o meu". O pronome pode classificar-se em:

Pronome apassivador

É a função que a partícula "se" exerce na formação da voz passiva sintética ou pronominal. Neste caso, o sujeito é inanimado - incapaz de praticar a ação verbal - ou apenas paciente da ação: "Plantaram-se várias árvores no canteiro central", "Alugam-se quartos" e "Quero que se me devolva o dinheiro". [Note neste último exemplo que aparece um objeto indireto (me).] A função apassivadora do "se" é constatada ao converter-se a voz passiva sintética na analítica: "Várias árvores foram plantadas no canteiro central", "Quartos são alugados" e "Quero que o dinheiro seja devolvido para mim".

Pronome demonstrativo

Refere-se à posição (no tempo ou no espaço) de alguma coisa situada em relação a uma das pessoas gramaticais (a que fala, com quem se fala e de quem se fala) ou à identidade de alguma coisa ou então indica a distância de algo que aparece no texto. Os demonstrativos são:
este esta isto esse essa isso aquele aquela aquilo
Este, esta e isto usam-se para indicar proximidade da primeira pessoa, a que fala: "Coloque a mesa neste (em + este) espaço", "Esta taça fica aqui", "Este ano promete muitas surpresas" (ano em que se está) e "Isto está atrapalhando a passagem".
Esse, essa e isso são usados para indicar proximidade da segunda pessoa, a com quem se fala ("Esse carro é importado?", "Onde você comprou essa blusa?), ou da primeira e da segunda simultaneamente ("Está vendo esse menino aí? É filho da Márcia" e "Cuidado com a cabeça, que essa porta é baixa."). Com relação ao tempo, expressam proximidade passada ou futura: "Junho foi bem produtivo; nesse mês, trabalhei muito" e "Agosto vem aí. Esse mês promete ser bastante seco".
Aquele, aquela e aquilo expressam distanciamento, no espaço ou no tempo, de alguma coisa em relação à primeira e à segunda pessoas simultaneamente: "Aquela menina é minha prima" e "Aquilo aconteceu há muito tempo".
No texto, usam-se os demonstrativos para indicar o ser ou coisa de que se falou: "Paulo, Afonso e Wagner seguiram carreiras diferentes. Aquele tornou-se bancário e este, advogado" (Aquele = Paulo e este = Wagner). Assim, aquele se refere ao termo mais distante e este, ao último citado. Demonstrativos como tal, mesmo, próprio servem para identificar alguma coisa: "Li XYZ. Não me agradou tal livro" e "Dá na mesma (coisa)". Usa-se mesmo/mesma para indicar que se trata de alguém ou algo de que já se falou ou já se sabe, distinguindo-o de outro alguém ou outra coisa: "Essa é a mesma salada de ontem". É inadequado dizer-se: "João foi promovido. O mesmo vai ser homenageado", pois neste caso não se está distinguindo João de ninguém mais.

Pronome indefinido

Tem justamente essa função, a de "indefinir", ou porque não se sabe a identidade de algo ou por não se querer identificar. Designa a terceira pessoa gramatical de forma vaga, indeterminada. São pronomes indefinidos: alguém, algo, ninguém, qualquer, tudo, cada qual, quem quer que, etc. Exemplos: "Alguém está interessado em você", "Tenho algo para te mostrar", "Ninguém chegou na hora", "Qualquer pessoa faz isso facilmente", "Tudo ajudou", "Cada qual com seu igual" e "Quem quer que chegue atrasado não vai entrar".

Pronome interrogativo

É usado para se fazer questionamento, interrogação: quem (qual pessoa?), que (qual coisa? qual motivo?), qual (pessoa ou coisa dentre outras), onde (em que lugar?), quando (em que tempo?), quanto (que quantidade? de seres ou coisas). Exemplos: "Quem está aí?"; "Que há com você?", "Por que ela não veio?"; "Qual (ou quem) de nós vai primeiro?"; "Qual das janelas está quebrada?"; "Onde está o microfone?"; "Quando Luciana viaja?"; "Quanto custa?"; "Quantos já embarcaram?".

Pronome pessoal

Substitui um nome e ao mesmo tempo indica sua pessoa gramatical (a que fala, com quem se fala ou de quem se fala). Pode ser reto (eu, nós), oblíquo (me, nos) e de tratamento (você, a gente, vossa excelência, o senhor, fulano). Exemplos: "Nós é que somos os heróis", "Siga-me", "Você poderia passar-me o jornal?".

Pronome oblíquo

É o que exerce, na frase, a função de complemento do verbo: me, o, lhe, se, nos, etc., como em "Beije-me mais uma vez", "Comprei-o num antiquário", "Não lhe responda", "Os dois se abraçaram fraternalmente", "Francisco nunca nos visitou". Como o pronome oblíquo exerce função complementar, orações como "Deixe para mim fazer" são incorretas de acordo com a norma culta, pois ele aí está desempenhando a função de sujeito. Neste caso, deve-se substituí-lo pelo pronome reto eu: "Deixe para eu fazer".

Pronome possessivo

Expressa noção de posse de uma das pessoas gramaticais (possuidor) em relação à coisa possuída: meu, teu, seu e os correspondentes plurais. Exemplos: "Meu filho chegou", "Teu cabelo está desalinhado" e "Seu ônibus já passou". Pelos exemplos, vê-se o grau de relatividade da "coisa possuída", pois nem sempre o possessivo exprime a noção de propriedade. Os pronomes oblíquos também podem desempenhar papel possessivo, como nestes exemplos: "Roubaram-lhe a carteira = roubaram a sua carteira" e "Conquistou-me a confiança = conquistou a minha confiança".

Pronome recíproco

É o que expressa reciprocidade da ação verbal. Isto significa que os agentes da ação praticam-na e ao mesmo tempo a recebem. Assim, em “Jonas e Alves abraçaram-se” e “Nós nos entendemos”, os verbos e os pronomes se e nos são recíprocos. Estes funcionam aqui como objetos diretos, mas, empregados com outros verbos, poderão classificar-se como objetos indiretos. Conforme a construção, tal pronome pode causar ambigüidade, razão por que, se queremos exprimir reciprocidade de ação, devemos utilizar as expressões um ao outro, uns aos outros, mutuamente e reciprocamente em benefício da clareza. Dessa forma, na oração “Oscar e Gouveia feriram-se”, não se sabe se ambos foram feridos por alguma causa externa, se cada um feriu-se individualmente ou se um feriu o outro. No primeiro caso, o “se” é pronome apassivador; no segundo, pronome reflexivo e no terceiro, pronome recíproco. Neste caso, para evitar a imprecisão, construímos: “Oscar e Gouveia feriram-se um ao outro” (ou “mutuamente” ou “reciprocamente”). É possível ainda empregarmos forma verbal na qual se integra o prefixo entre- para indicar claramente a reciprocidade, como em “Carlos e Daniela entreolharam-se”, isto é, ele olhou para ela e ela fez o mesmo em relação a ele.

Pronome reflexivo

Pronome pessoal oblíquo que, embora funcione como objeto direto ou indireto, refere-se ao sujeito da oração: me, te, se, si, nos, etc. O pronome reflexivo apresenta três formas próprias na terceira pessoa, do singular e plural: se, si e consigo. "Guilherme já se preparou", "Ela deu a si um presente" e "Antônio conversou consigo mesmo". Nas outras pessoas, os reflexivos assumem as mesmas formas dos demais oblíquos não-reflexivos: me, mim, te, ti, nos, vos: "Eu não me vanglorio disso", "Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi", "Assim tu te prejudicas", "Conhece a ti mesmo", "Lavamo-nos no rio", "Vós vos beneficiastes com a Boa Nova".

Pronome relativo

É a palavra que, numa oração, refere-se a um termo de outra, o antecedente (que vem antes): que, o qual, quem, cujo. Exemplos: "Este é o disquete que eu trouxe" (que ® disquete); "Tal o caráter herdado dos pais, o qual era preciso manter" (o qual ® caráter; se fosse empregado "que", o sentido ficaria ambíguo, pois não se saberia o que era preciso manter); "Foi ele a quem me dirigi" (quem ® ele); "Estou falando da parede cuja pintura está manchada" (cuja ® da qual a). O pronome relativo que distingue-se de outros “ques” por poder ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais. É preciso cuidado no emprego do que quando houver mais de um antecedente, para garantia da clareza. Veja este período: “Joaquim é o pai do Renato, que nasceu em Alagoas”. Quem nasceu em Alagoas? Igual cuidado merecem outros relativos. Assim, em “Visitamos Itaporã e Icatu, onde se localiza a Escola de Belas-Artes”, não se sabe em qual cidade se situa a escola.

Pronome de tratamento

Palavra ou expressão que vale por pronome pessoal. São eles: a gente, beltrano, fulano, sicrano, sua majestade, sua senhoria (e outros similares), você, Vossa Alteza, Vossa Excelência (e outros similares). Os pronomes de tratamento, apesar de serem da segunda pessoa gramatical (referem-se à pessoa com quem se fala), são considerados de terceira pessoa. Assim, levam o verbo e outros pronomes (oblíquos e possessivos) para a terceira pessoa, como em “Vossa Excelência esqueceu-se do compromisso”, “Sua agenda permite a Vossa Reverendíssima encontrar-se com o prefeito” e “Você foi lá?”.
Fonte: www.paulohernandes.pro.br
pronomes

Emprego dos pronomes pessoais

1. Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele/ela, nos, vós, eles/elas) devem ser empregados na função sintática de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento.
  • Convidaram ele para a festa. (errado)
  • Eu cheguei atrasado. (certo)
  • Receberam nós com atenção. (errado)
  • Ele compareceu à festa (certo)
2. Na função de complemento. Usam-se os pronomes oblíquos e não os pronomes retos.
  • Convidei ele. (errado) Convidei-o. (certo)
  • Chamaram nós. (errado) Chamaram-nos. (certo)
3. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando antecipados de preposição, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se correto seu emprego como complemento.
  • Informaram a ele os reais motivos.
  • Emprestaram a nós os livros.
  • Eles gostam muito de nós.
4. As formas retas eu e tu só podem funcionar como sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento.
  • Nunca houve desentendimentos entre eu e tu. (errado)
  • Nunca houve desentendimentos entre mim e ti. (certo)
*Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposição não se usam as formas retas eu e tu, mas as formas oblíquas mim e ti.
  • Ninguém irá sem eu. (errado)
  • Ninguém irá sem mim. (certo)
  • Nunca houve discussões entre eu e tu. (errado)
  • Nunca houve discussões entre mim e ti. (certo)
Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas eu e tu mesmo precedidas por preposição:
quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.
  • Deram o livro para eu ler.
  • Deram o livro para tu leres.
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas eu e tu é obrigatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de sujeito.
5. Os pronomes oblíquos se, si, consigo devem ser empregados somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em que os referidos pronomes não sejam reflexivos.
  • Querida, gosto muito de si. (errado)
  • Querida, gosto muito de você. (certo)
  • Preciso muito falar consigo. (errado)
  • Preciso muito falar com você. (certo)
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os pronomes e, si consigo foram empregados como reflexivos.
  • Ele feriu-se.
  • Cada um faça por si mesmo a redação.
  • O professor trouxe as provas consigo.
6. Os pronomes oblíquos conosco e convosco são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavras de reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica.
  • Queriam falar conosco.
  • Queriam falar com nós dois.
  • Queriam conversar convosco.
  • Queriam conversar com vós próprios.
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As combinações possíveis são as seguintes:
me + o = mo me + os = mos me + a = ma me + as = mas te + o = to te + os = tos te + a =ta te + as = tas lhe + o = lho lhe + os = lhos lhe + a = lha lhe + as = lhas nos + o = no-lo nos + os = no-los nos + a = no-la nos + as = no-las vos + o = vo-lo vos + os = vo-los vos + a = vo-la vos + as = vo-las lhes + o = lho lhes + os = lhos lhes + a = lha lhes + as =lhas
  • Você pagou o livro ao livreiro? - Sim, paguei-lho.
Verifique que a forma combinada lho resulta da fusão lhe (que representa o livreiro) com o (que representa o livro).
8. As formas o, a, os, as são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos. O menino convidou-a. O filho obedece-lhe. V.T.D. V.T.I. Consideram-se erradas construções em que o pronome o (e flexões) aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construções em que o pronome lhe (lhes) aparece como complemento de verbos transitivos diretos. Eu lhe vi ontem. (errado) Eu o vi ontem. (certo) Nunca o obedeci (errado) Nunca lhe obedeci. (certo)
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar como sujeito. Isso ocorre com os verbos deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver seguidos de infinitivo; o pronome oblíquo será sujeito desse infinitivo.
  • Deixei-o sair.
  • Sofia deixou-se estar à janela. (Machado de Assis)
  • sujeito Vi-o chegar.
É fácil perceber a função de sujeito dos pronomes oblíquos, desenvolvendo as orações reduzidas de infinitivo.
  • Deixei-o sair.
  • Deixei que ele saísse.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos.
  • A mim, ninguém me engana.
  • A ti tocou-te a máquina mercante. (Gregório de Matos)
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonasmo vicioso, e sim ênfase.

11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivos, exercendo função sintática de adjunto adnominal. Roubaram-me o livro.
  • Roubaram meu livro.
  • Não escutei-lhe os conselhos.
  • Não escutei os seus conselhos.
12. As formas plurais nós e vós podem ser empregadas para representar uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de modéstia.
  • Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. (plural de modéstia)
  • Vós sois a minha salvação. Meu Deus! (plural majestático)
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por sua, quando falamos dessa pessoa. Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
  • - Vossa Excelência já aprovou os projetos?
  • Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
Verifique que no primeiro caso empregou-se Vossa Excelência, porque o interlocutor falava diretamente com o governador, Já no segundo caso, empregou-se Sua Excelência, pois se falava do governador.
14. Você e os demais pronomes de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Alteza, etc.), embora se refiram à pessoa com quem falamos (2a. pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa. Você trouxe seus documentos?
  • Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.

Emprego dos pronomes demonstrativos

1. Os pronomes demonstrativos podem ser utilizados para indicar a posição espacial de um ser em relação às pessoas do discurso.
a) Os demonstrativos de 1a. pessoa (este, isto etc.) indicam que o ser está relativamente próximo à pessoa que fala.
Pode ser usado em frases em que apareçam os pronomes eu, me, mim, comigo e com o advérbio de lugar aqui.
  • Esta caneta que está comigo é azul.
  • Este relógio que eu tenho nas mãos é de ouro.
  • Isto que está aqui comigo é um livro.
b) Os demonstrativos de 2a. pessoa (esse, isso, etc.) indicam que o ser está relativamente próximo à pessoa com quem se fala. Podem aparecer com os pronomes tu, te, ti contigo, você, vocês e com o advérbio de lugar aí.
  • Essa caneta que está contigo é azul.
  • Esse relógio que tu tens nas mãos é de ouro.
  • Isso que está aí contigo é um livro.
c) Os demonstrativos de 3a. pessoa (aquele, aquilo, etc.) indicam que o ser está relativamente próximo à pessoa de quem se fala, ou distante dos interlocutores. Podem ser usados com os advérbios de lugar ali ou lá.
  • Aquela caneta que está com o aluno da outra sala é azul. Aquele relógio que está lá na vitrine é de ouro.
  • Aquilo que está ali com o professor é um livro.
2. Os demonstrativos servem para indicar a posição temporal, revelando proximidade ou afastamento no tempo, em relação à pessoa que fala.
a) Os demonstrativos de 1a. pessoa (este, isto, etc.) revelam tempo presente, ou bastante próximo do momento em que se fala.
  • Este dia está bom para se ir à piscina.
  • Pretendo fazer as compras ainda nesta semana.
  • Agora estou tranqüilo: neste ano o Corinthians montou um time à altura de suas tradições.
b) Os demonstrativos de 2a. pessoa (esse, isso, etc.) revelam tempo passado relativamente próximo ao momento em que se fala.
  • Em fevereiro fez muito calor; nesse mês pude ir várias vezes à piscina.
  • Há exatamente dois anos o Corinthians conquistou seu último campeonato; nesse ano possuía um esquadrão imbatível.
c) Os demonstrativos de 3a. pessoa (aquele, aquilo, etc.) revelam tempo remoto ou bastante vago.
  • Em 1950 realizou-se a Copa do Mundo no Brasil; naquele ano o Uruguai surpreendeu a todos, conquistando o título.
  • Logo no início do século foi publicado o Código Civil; naquela época a sociedade brasileira era bem mais conservadora.
3. Os pronomes demonstrativos podem indicar o que ainda vai ser falado e aquilo que já foi falado.
a) Devemos empregar este (e variações) e isto quando queremos fazer referência a alguma coisa que ainda vai ser falada.
  • Espero sinceramente isto: que se procedam às reformas.
  • Estas são algumas características do Romantismo: subjetivismo, apego à natureza, nacionalismo.
b) Devemos empregar esse (e variações) e isso quando queremos fazer referência a alguma coisa que já foi falada.
  • Que as reformas sejam efetuadas rapidamente; é isso o que mais desejo.
  • Subjetivismo, apego à natureza nacionalismo; essas são algumas características do Romantismo.
4. Emprega-se este em oposição a aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados. Este se refere ao mais próximo; aquele, ao mais distante.
  • Ronaldinho e Edmundo atualmente jogam na Itália: este jogava no Vasco; aquele, no Cruzeiro.
  • Matemática e Literatura são matérias que me agradam: esta me desenvolve a sensibilidade; aquela, o raciocínio.
5. O, a, os, as, são pronomes demonstrativos quando podem ser substituídos por aquele, aquela, aquilo, isso.
  • Achei o que procuras.
  • Somos o que somos. (Fernando Pessoa)
6. Tal é pronome demonstrativo quando equivale a este, esse, isso, etc.
  • Não havia motivos reais para tal comportamento.
  • Jamais consegui compreender tais decisões.
7. Mesmo e próprio são demonstrativos de reforço e equivalem ao termo a que se referem, concordando com ele.
  • Ele mesmo fez o exercício.
  • Elas próprias resolveram o problema.
Observação
Em expressões como: por isso, além disso, isto é, o uso do demonstrativo nem sempre está em conformidade com a regra; nessas expressões, sua forma é fixa.

Emprego dos pronomes possessivos

1. Normalmente, o pronome possessivo antecede o substantivo a que se refere; nada impede, porém, que ele venha posposto ao substantivo, como nos exemplos que seguem:
  • Recebi notícias suas.
  • Recebi um livro teu.
  • Amigos meus, não desanimem!
Observações
Pode ocorrer mudança de sentido na frase, conforme a posição do pronome pessoal. Compare:
  • Recebi notícias suas. (notícias sobre você)
  • Recebi suas notícias. (notícias transmitidas por você)
  • Tenho comigo uma carta sua. (uma carta que pertence a você)
  • Tenho comigo sua carta. (uma carta escrita por você)
2. Em muitos casos, a utilização do possessivo de terceira pessoa (seu e flexões) pode deixar a frase ambígua, isto é, podemos ter úvidas quanto ao possuidor.
  • Pedro saiu com sua irmã. (irmã de quem? De Pedro, ou do interlocutor?)
Para evitar essa ambigüidade deve-se reforçar o possessivo através da forma dele (e flexões).
  • Pedro saiu com a irmã dele.
Neste caso, não temos dúvida alguma, pois está claro que se trata da irmã de Pedro.
Veja outro exemplo
  • A professora disse ao diretor que concordava com sua nomeação.
Verifique que o emprego do possessivo torna a frase ambígua, pois sua pode estar referindo ao diretor ou à professora.
Desfaz-se a ambigüidade desta forma
  • A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dela. (da professora)
  • A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dele. (do diretor)
Observações
É considerado dispensável o uso do possessivo de terceira pessoa quando já está sendo utilizada a forma dele e flexões; entretanto, ele pode ser empregado como reforço em benefício da clareza.
  • Pedro saiu com sua irmã dele.
  • A professora disse ao diretor que concordava com sua nomeação dela.
3. Há casos em que o pronome possesivo não exprime propriamente idéia de posse. Ele pode ser utilizado para indicar aproximação, afeto ou respeito. Aquele senhor deve ter seus cinqüenta anos. (aproximação)
  • Meu caro aluno, procure esforçar-se mais. (afeto)
  • Minha Senhora, permita-me um aparte. (respeito)
4. Não se deve usar o pronome possessivo antes de termos que indiquem partes do corpo quando estes estiverem funcionando como complemento de verbos.
  • Quebrei minha perna. (errado)
  • Quebrei a perna. (certo)
Observações
A palavra seu que antecede nomes de pessoas não é pronome possessivo, mas corruptela de senhor. Seu Humberto, o senhor poderia emprestar-me a furadeira?
Emprego dos pronomes relativos.
Os pronomes relativos virão antecipados de preposição, se a regência assim determinar.
  • Este é o autor a cuja obra me refiro.
  • Este é o autor de cuja obra gosto.
  • São opiniões em que penso.
2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas.
  • Não conheço a menina de quem você falou.
  • Este é o rapaz a quem você se referiu.
Observações
Quando possui antecedente, o pronome relativo quem virá sempre precedido de preposição.
  • Não sei de quem você está falando.
*É comum empregar-se o relativo quem sem antecedente claro. Neste caso, ele é classificado com relativo indefinido.
  • Quem cala consente. (Aquele que cala consente.)
3. O pronome relativo que pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas.
  • Não conheço o rapaz que saiu. (refere-se a pessoa)
  • Não li o livro que você me indicou. (refere-se a coisa)
4. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que Com as preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo no qual (e flexões).
  • Esta é a pessoa de que lhe falei.
  • Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei.
Observações
Com as preposições sem e sob, usa-se de preferência o relativo o qual (e flexões).
  • O professor nos apresentou uma condição sem a qual o trabalho não terá sentido.
  • Este é o móvel sob o qual ficou escondido o documento.
5. O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões).
  • Cesse tudo o que a Musa antiga canta…" (Camões)
  • Sei o que estou dizendo.
6. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões). Deve concordar com a coisa possuída e não admite a posposição de artigo.
  • Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da pessoa)
  • Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai)
7. O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedente os pronomes indefinidos tudo, tanto, etc.; daí seu valor indefinido.
  • Falou tudo quanto queria.
  • Coloque tantas quantas forem necessárias.
Observação
Quando pode ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em certos documentos jurídicos.
Saibam quantos lerem este proclama…
8. O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual. Esta é a casa onde moro.
  • Não conheço o lugar onde você está.
  • Não conheço o lugar aonde você irá.
Observação
* Onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento * Aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde; é resultado da combinação da preposição a + onde.
  • Sempre morei na cidade onde nasci.
  • Aonde eu for, virás comigo.
Onde pode ser usado sem antecedente.
Fique onde está.

Colocação de pronomes oblíquos átonos.

Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos) costumam apresentar problemas de colocação, uma vez que podem ocupar três posições:
1. antes do verbo (próclise ou pronome proclítico):
  • Nunca me revelaram os verdadeiros motivos.
2. no meio do verbo (mesóclise ou pronome mesoclítico):
  • Revelar-me-iam os verdadeiros motivos.
3. depois do verbo (ênclise ou pronome enclítico):
  • Revelaram-me os verdadeiros motivos.
Convém lembrar que os pronomes oblíquos átonos nunca podem vir no início da frase, embora na linguagem popular isso ocorra com freqüência. Assim, não são aceitas pelas norma culta construções como:
  • Me convidaram para a festa.
  • Nos revelaram os verdadeiros motivos.
Devemos dizer:
  • Convidaram-me para a festa.
  • Revelaram-no os verdadeiros motivos.

Uso da próclise

É obrigatória quando houver palavra que atraia o pronome para antes do verbo. As palavras que atraem o pronome são as seguintes:
a) palavras ou expressões negativas:
  • Nunca me informavam os verdadeiros motivos.
b) advérbios:
  • Sempre me informavam os verdadeiros motivos.
Observação
Se houver vírgula depois do advérbio, ele deixa de atrair o pronome.
  • Aqui se trabalha.
  • Aqui, trabalha-se.
c) pronomes indefinidos e pronomes demonstrativos neutros:
  • Alguém me informou os verdadeiros motivos.
  • Isto me pertence.
d) conjunções subordinativas:
  • Embora me informassem os verdadeiros motivos, não acreditei.
e) pronomes relativos:
  • A pessoa que me informou os verdadeiros motivos não compareceu.
Observação
Se houver duas palavras atraindo um mesmo pronome, pode-se colocar o pronome oblíquo entre as duas palavras atrativas.
  • É difícil entender quando se não ama.
Ou, como é mais freqüente:
  • É difícil entender quando não se ama.
A palavra que atrai o pronome, mesmo que venha subentendida.
  • Desejo me compreendam. (Desejo que me compreendam.)
A próclise é obrigatória também nas orações:
a) interrogativas diretas:
  • Quem nos revelou os verdadeiros motivos?
b) exclamativas:
  • Quanto nos custou tal procedimentos!
c) optativas (orações que exprimem um desejo):
  • Deus te abençoe.
Uso da mesóclise:
A mesóclise é obrigatória com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Desde que não haja antes palavra atrativa.
  • Convidar-me-ão para a cerimonia.
  • Convidar-me-iam para a cerimônia.
No caso de haver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
  • Não me convidarão para a cerimônia.
  • Nunca me convidariam para a cerimônia.
Observação
É sempre errado o uso do pronome oblíquo depois de verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Uso da ênclise:
A ênclise é obrigatória:
a) com o verbo no início da frase:
  • Entregaram-me as mercadorias.
Observação
Lembre-se de que é sempre errado o pronome oblíquo átono no início da frase.
b) com o verbo no imperativo afirmativo:
  • Alunos, comportem-se
c) com o verbo no gerúndio:
  • Saiu, deixando-nos por instantes.
Observação
Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá próclise. Em se tratando de cinema, prefiro as comédias.
  • Saiu da sala, não nos revelando os motivos
d) com o verbo no infinitivo impessoal:
  • Era necessário ajudar-te.
Observação
Se o infinitivo impessoal vier precedido de palavra negativa, é indiferente o uso da ênclise ou da próclise.
  • Era necessário não te ajudar.
  • Era necessário não ajudar-te.
  • Se o infinitivo impessoal vier precedido de preposição, é indiferente o uso da ênclise ou da próclise.
  • Estou apto a te ajudar.
  • Estou apto a ajudar-te.
  • Com o infinitivo pessoal precedido de preposição ocorre próclise.
  • Foram censurados por se comportarem mal.

Colocação dos pronomes nas locuções verbais

a) Locução verbal com verbo principal no particípio.
Nas locuções verbais cujo verbo principal é um particípio, o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, deverá ficar antes do verbo auxiliar.
  • Havia-lhe contado a verdade.
  • Não lhe havia contado a verdade.
Observação
Se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja atração.
  • Ter-me-iam falado a verdade, se a soubessem.
Veja que é sempre errada a colocação do pronome depois de um particípio.
b) Locução verbal com o verbo principal no infinitivo ou no gerúndio
Se não houver palavra atrativa, coloca-se o pronome oblíquo depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
  • Quero-lhe dizer a verdade. OU Quero dizer-lhe a verdade.
  • Ia-lhe dizendo a verdade. OU Ia dizendo-lhe a verdade.
Caso haja palavra atrativa, coloca-se pronome antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
  • Não lhe quero dizer a verdade. OU Não quero dizer-lhe a verdade.
  • Não lhe ia dizendo a verdade. OU Não ia dizendo-lhe a verdade.